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A Árvore do Tap - Aula 6: Scat



Badum, bah-dap, tssssssssssss, tchudum!

Acho muito legal quando os sapateadores conseguem "falar o som" dos passos. Acho interessante de ver e ouvir. Expressa um entendimento da música feita pelos passos que está para além da contagem, adicionando as dimensões de timbre e acentuação, além do feeling que já vem matizando esse scat*.

Massa! E que tal se transformássemos essa mania de "falar os ritmos" em jogos para aprofundar o entendimento que nosso ouvido tem do que o nosso pé faz, por assim dizer? Através desta atividade, podemos ir aos poucos "largando a bengala" de uma melodia predefinida e conhecida e começar a arriscar na produção de nossas próprias frases rítmicas - sempre tomando o cuidado de não misturar complexidades técnicas e musicais num mesmo jogo, para não "sobrecarregar o sistema"! Para este jogo, pode ser uma boa utilizar apenas passos simples, já de seu domínio.

Aí vão algumas sugestões. Podem ser feitas com ou sem música ou metrônomo, de acordo com a complexidade que se queria dar à atividade.

1) Esqueça o sapato por alguns instantes: improvise usando apenas a voz. Badap, dum, tum, taaaaa, chidum! Depois que você (ou a turma) parar de rir, vai começar a curtir... e a tornar mais complexo! Este é um primeiro exercício de improvisação sobre o ritmo (compor o ritmo espontaneamente, em vez de partir de frases rítmicas pré-estabelecidas), que tem a vantagem de não complicar as coisas com o uso dos sapatos. Despreocupados dos passos, podemos ser mais livres e inventivos com o ritmo!

2) Autodesafio: diga (com a voz) uma frase rítmica, e depois tente reproduzi-la com taps. Qual o ganho aqui? Consciência musical daquilo que o pé está fazendo. Intencionalidade! Estamos trabalhando para encurtar o caminho entre o pensamento musical e o sapato.


3) Faça as duas coisas ao mesmo tempo: "Diga o som" enquanto o sapateia. Haja concentração. O efeito é muito legal (conheço alguns guitarristas que solfejam seus improvisos ao mesmo tempo que tocam. É tão bonito de ouvir!).

4) Desafie os alunos/colegas: alguém diz (usando a voz) uma frase rítmica, e os demais devem reproduzi-la usando os pés. Ou, ao contrário: Alguém faz um passo ou combinação para que os demais o reproduzam com a voz, da forma como acharem adequado (sempre é engraçado observar como cada pessoa "diz o ritmo" que ouviu de formas completamente diferente dos demais!).

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Ilha - Pesquisa em Tap

é uma metáfora para o desejo de pesquisar o sapateado americano através de quaisquer enfoques possíveis, produzindo conhecimentos que venham a aumentar nosso entendimento da forma de arte, aprofundando nosso conhecimento de seu passado e fomentando, através da reflexão, a sua permanente renovação. Ela é um convite franco e democrático a parcerias com quem quer que ame o sapateado a ponto de desejar estudá-lo. No plano concreto, desejamos produzir, fomentar e compilar produções teóricas e artísticas de sapateadores que nos dêem a honra de ser nossos parceiros.

"Ilha"

é, acima de tudo, uma declaração de amor e gratidão ao Tap e um convite aos amigos do sapateado a partilhar desses sentimentos!

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